Incêndios Florestais: quais as principais causas e como evitá-los

Incêndios Florestais: quais as principais causas e como evitá-los

Em pleno século 21, os incêndios florestais ainda são considerados grandes desafios para equipes de bombeiros e profissionais da defesa civil, principalmente em períodos de seca. Com a estiagem cada vez mais frequente, a dominação do fogo em áreas verdes ganham espaço, gerando grandes impactos ambientais e urbanos.

Sabe-se que a própria natureza pode provocar um incêndio, porém, grande parte são causados pela ação humana, sem previsão de contenção e controle. Com isso, as queimadas tomam conta de grandes áreas que são de suma importância para o meio ambiente.

As causas dos incêndios florestais são diversas, e entendê-las pode servir de embasamento para projetos de prevenção e combate. Acompanhe no próximo tópico.

O que causa os incêndios florestais?

As causas dos incêndios florestais são variadas e podem ser originadas por ações humanas ou por fenômenos naturais. Buscar rastrear a razão da queimada facilita as ações de combate, além de atividades preventivas, principalmente em tempos de seca.

Fenômenos naturais

Em casos de fenômenos naturais, os incêndios podem ser causados por raios que ocorrem durante as tempestades. De acordo com a Defesa Civil do Estado do Maranhão, algumas substâncias exotérmicas presentes no solo podem sofrer processos de fermentação e iniciar um foco de incêndio. Também é comum incêndios florestais iniciados pela reflexão dos raios solares em possíveis fragmentos de quartzo ou até vidro, que, como explica a própria Defesa Civil, servem como lente para originar uma chama.

Ações humanas

De acordo do o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), boa parte dos incêndios florestais são causados por técnicas utilizadas na agropecuária.  Por ser um método de menor custo, é frequente a queimada de áreas que serão utilizadas para pastagem de gado, preparo da terra para plantações, como a cana-de-açúcar, e também locais utilizados para compostagem. Apesar de ser uma técnica autorizada pelo IBAMA, muitas vezes é realizada sem obedecer a regras de controle ou combate a incêndios. Isso acaba resultando na propagação do fogo em áreas fora das destinadas à agropecuária.

Outro fator de ação humana que contribui para os incêndios florestais é a negligência por parte de campistas que iniciam fogueiras em locais que podem alimentar as chamas, sem cuidados com a contenção do fogo. Outra ação comum ligada à negligência, é o descarte de pontas de cigarro ainda acessas em locais de vegetação susceptíveis a queimadas. A utilização de máquinas movidas a carvão e lenha também podem contribuir para os incêndios florestais.

Infelizmente, é preciso considerar também os incêndios criminosos. Muitas queimadas são iniciadas sem critérios, por motivos de retaliação, de manifestações ou políticos. Logo, não é difícil considerar que estes tipos de incêndios florestais acarretam grandes prejuízos ambientais, uma vez que são iniciados com intenção de causar danos propositais.

Danos causados pelos incêndios florestais

Os prejuízos ambientais e sociais causados pelos incêndios florestais são imensos. E é importante salientar que todos são prejudicados com queimadas. Os impactos são muitos, mas vamos enumerar os principais:

  • Destruição de árvores, o que diminui a purificação do ar através da troca de gás carbônico pelo oxigênio;
  • Extinção de fauna e flora;
  • Invasão de animais silvestres em ambientes urbanos;
  • Poluição do ar;
  • Diminuição da umidade do ar, ocasionando maior incidência de doenças respiratórias;
  • Comprometimento do solo, árvores e nascentes;
  • Altos custos com processos de combate a incêndios;
  • Acidentes com os envolvidos nos processos de contenção do fogo;
  • Necessidade da desapropriação de residências.

Claro que os danos provocados pelos incêndios florestais são em um número muito maior do que os listados. Mas é preciso que toda a população se conscientize de que os problemas ocasionados pelas queimadas não afetam somente quem reside nas redondezas. É um problema de todos e a médio prazo, que vai prejudicar também quem está em áreas urbanas. Essa conscientização deve afirmar o propósito de que os incêndios florestais são problemas de toda a população e que cada um deve fazer sua parte para evitá-los.

O que fazer para evitar os incêndios florestais?

Através do portal do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), são enviadas informações diárias para as bases de dados do IBAMA. Com esses dados, é possível monitorar as áreas com maior incidência de incêndios florestais e tomar ações de controle e gestão ambiental. Principalmente entre os meses de junho a novembro, que são de seca, e em regiões de maior incidência de queimadas, como Mato Grosso e Pará.

Além de ações específicas tomadas pelos órgãos responsáveis, é necessário campanhas de conscientização da população quanto à utilização indiscriminada de queimadas e medidas de prevenção de incêndios florestais. No caso de queimadas autorizadas, é necessário tomar medidas de precaução para que o fogo não propague, como barreiras de contenção de chamas.

Pequenas medidas como não descartar pontas de cigarros, lixos ou substâncias inflamáveis em locais de vegetação que possa gerar incêndios florestais são ações simples, mas que contribuem em muito para preservação do ambiente.

Existem penalidades para incêndios florestais?

A Lei 9.605 de 12, de fevereiro de 1998, nos artigos 14 e 15, prevê penalidades para quem comete crimes ambientais. Dentre estas penalidades, estão a prisão, que pode ser de três a seis anos de reclusão e multas que variam até R$4.960,00.

É fato que ainda faltam recursos e processos mais eficientes de fiscalização para evitar os incêndios florestais originados pelas queimadas ilegais e para punir responsáveis. Em tempos de grande preocupação com o meio ambiente, principalmente para as gerações futuras, levar maior rigor das penalidades de quem comete crimes contra a natureza é fundamental para garantir que esse tipo de problema não seja reincidente.

As técnicas de preparo da terra para a agropecuária, mesmo utilizando as práticas de queimadas, são importantes para o crescimento econômico e o abastecimento do país. E mesmo que o fogo seja um elemento natural e necessário, é preciso saber utilizar com segurança.

Não menos importante são as boas práticas diárias que qualquer pessoa pode fazer para evitar incêndios florestais enquanto desfrutam da beleza e benefícios dos recursos naturais. Incêndios florestais são problemas de toda uma população. Portanto cabe a cada um fazer sua parte para evitá-los e garantir a preservação do meio ambiente.

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Até a próxima! 😊